segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Crescendo e aprendendo

Estava lendo uma matéria sobre como estimular atitudes de empreendedorismo em crianças, os especialistas dizem que a família deve incentivar a criatividade, ensinar a lidar com finanças, exercitar a defesa dos seus pontos de vista, conhecer e desenvolver características, superar limites e uma série de outras coisas.

Já falei em outro post sobre o estilo de criação que eu tive. Meu pai estava sempre envolvido em alguma nova ideia, num projeto novo, sempre valorizou o fato de conquistarmos as coisas. Fiquei pensando exatamente em como isso sempre se refletiu positivamente. Há mais de 20 anos essas ideias de criar crianças pensando em como desenvolver suas habilidades para o futuro não eram muito difundidas. Criança era criança e ponto, cabia aos pais alimentar, cuidar, amar e, se possível, oferecer uma boa escola, nada muito além disso. Hoje é completamente diferente. Sabemos como é ser um adulto que se preocupa com a carreira, com os desafios profissionais, com a escolha de ser profissional liberal, funcionário público, empreendedor, ou qualquer outro modelo de trabalhador, já que existem tantos...



Pensei também, em toda essa reflexão, nos momentos que passamos em família. Tenho poucas lembranças concretas da infância, sei que brinquei bastante na rua, que ia pra escola e uma vez por ano recebia a visitas dos avós maternos. Lembro que minha minha irmã nasceu quando eu tinha seis anos e que pouco ajudei nos cuidados, a piscina era realmente mais interessante.

Da adolescência lembro mais coisas. Também da escola, onde sempre estava inventando alguma coisa, das amigas, das idas ao cinema em dia de promoção, quando saímos em bandos de quase 10 rumo ao shopping, de ônibus. Quando R$10 eram suficientes pra pagar a passagem, ir no cinema, comer um McLanche feliz e ainda voltar com algumas moedas. Sim, isso era possível lá pelo final da década de 90.

E conforme as coisas foram acontecendo as lembranças vão se consolidando, se tornam mais próximas. Temos a noção de que agora sim é que vivemos, mas aí cheguei a conclusão que até começarmos a trabalhar, enquanto a vida é bastante dependente dos pais, as atividades serão pra quem os pais lembrem, são essas coisas que os farão ter saudade da gente. Depois, com os filhos cada vez mais independentes eles nos perdem, pelo menos um pouco, para o mundo. É neste momento que a gente passa a criar nossa bagagem de gente grande.

Desde muito cedo eu tinha uma preocupação em relação ao meu sobrinho/afilhado, fazia as coisas com ele e pensava "será que ele vai lembrar disso!?" pouco provável, mas, sem dúvida eu vou. E se eu fiz com objetivo de marcar a vida dele posso ficar tranquila, nunca foi em vão. Ele pode não lembrar do dia que eu levei ele sozinha pra passear, que fiquei me sentindo a pessoa mais responsável do mundo, mas com certeza o elo que cada dia mais se fortalece entre a gente é o que vai fazer ele confiar em mim a vida toda, assim como eu confio na minha tia.

Agora fico aqui pensando, imagina isso com a nossa filha!!!! Vai ser lindo de sentir!!

No fundo tudo isso se completa. Oferecer um ambiente de desenvolvimento físico e emocional é responsabilidade dos pais, pra formar adultos capazes, confiantes e cheios de potencial.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Meses x Semanas, pra tentar entender essa conta

Estou entrando na 16ª semana, na próxima devo fazer mais um ultrassom, e, talvez ter a certeza de que é a Isadora que está a caminho. E falando em semana, achei uma tabela que tem me ajudado bastante, sobre as semanas correspondentes aos meses da gestação. 


Essa tabela é maravilhosa, ela mostra que de fato os nove meses da gravidez não são iguais aos do calendário. Os quinto e sexto mês, por exemplo, tem cinco semanas cada, enquanto os outros quatro semanas. As grávidas em geral sempre irão falar em qual semana estão, deixando quem nunca engravidou na dúvida, e a gente fala em semanas não só porque todas as semanas são importantes, e que em cada uma acontece uma coisa nova, mas a gente tenta facilitar também, eu explico:

Nesta semana estou encerrando o quarto mês, semana que vem eu posso dizer que estou no quinto, aí, a pessoa que pergunta geralmente faz o cálculo de quanto falta e vai me dizer "ah, então vai nascer em março!" mas não, a previsão é de que nasça no meio de abril, e aí vem a confusão. É que, quando eu falo estou no quinto mês, você entende cinco meses, que são coisas diferentes, concorda? Eu vou passar cinco semanas no quinto mês, e por isso quando a gente fala o mês parece que é "fechado", aí as datas não batem.
É, pra quem não é grávida pode ser realmente confuso, mas enfim, eu não sofro mais de dúvida depois dessa maravilhosa tabela amiga.

Então, se você estiver grávida aproveite para salvar e ter sempre por perto, ela vai ser útil por bastante tempo.

E ainda tem mais, uma gravidez pode ir até a 42ª semana sem oferecer riscos para mamãe e o bebê, ou seja, pode durar 9 meses e meio, por isso, definitivamente a gente não passa nove meses grávida, pode passar até mais, minha irmã ganhou o Pietro na 41ª, em um parto normal, lembro que ela nem respirava mais direito, ficava alisando a barrigona e dizia "filho, nasce logo, por favor, mamãe quer cuidar de você aqui fora" hahahaha, foram dias de muita espera, hoje ele já está com três anos, como o tempo passa rápido com eles do lado de fora...

E por aqui, vamos passando pelo segundo trimestre da gravidez felizes da vida, planejando a decoração, dando uma espiada no carrinho e no bebê conforto que já chegaram, e estão encaixotados, e começando a pensar no chá de fraldas, e com um monte de coisas ainda para fazer, coisa mais boa!!! 

Em tempo, quero agradecer a Karol, mamãe da Isabelle, que nasceu dia 2 de outubro. Foi no Facebook da Karol que achei a tabela, é meu dever compartilhar :)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Felicidade não é medida na balança

Nunca fui magra, pelo menos nunca me senti, e ao contrário do que as pessoas podem imaginar isso nunca foi um problema. Lógico que não vale só o sentimento estético, o importante é ter saúde, mas tendo em vista a gravidez que estou tendo, com tudo correndo da melhor forma possível posso ter certeza de que não perdi tempo encarando dietas malucas em buscar de um manequim pequeno.

Muitas vezes já desejei comprar roupas que não me serviram, mas sempre achei alternativas. Acredito realmente que ter barriga, celulite, braços grossos e vestir 46 não impossibilitam minha capacidade de conquistar as coisas que sempre quis, e é só perguntar pros mais próximos, eu realmente consigo.

Cansei de ouvir "nossa, você tem um rosto lindo", isso realmente me chateou por um tempo. Quando fala isso a pessoa até está elogiando, mas ela deixa claro que sei rosto é bonito, você como um todo não. Ela ressalta que seu corpo não está de acordo, e isso, para algumas pessoas pode realmente ser muito mais forte do que se não ouvisse nada. Eu já passei da fase de me incomodar, tento entender que não é por maldade, as pessoas simplesmente falam sem pensar, mas caso seja uma dessas, da próxima vez diga para uma menina gordinha: Você é bonita, vai receber em troca um sorriso bem mais verdadeiro.

Mas e o que tudo isso tem a ver com a gravidez? Tudo! Em todos sites, blogs, livros e revistas que li até agora, sem exceção, os escritores tentam consolar as mães, dizendo que engordar faz parte do processo da gravidez bla bla bla. E se eles dizem isso é porque as grávidas, pelo menos algumas, realmente levam a sério a questão estética e o ganho de peso como um problema, mas minha querida, você está gerando uma nova vida, que cresce, se alimenta e exige espaço, seria, no mínimo estranho, não aumentar de volume com isso. Não consigo conceber a ideia de que uma mulher grávida realmente pense que está gorda. E devo pensar isso porque não sei o que é ser magra, só pode.



Lendo uma matéria da revista Crescer deste mês descobri que existe uma doença chamada pregorexia, um distúrbio alimentar que acomete algumas gestantes, geralmente as que tiveram bulimia ou anorexia antes de engravidar. Essas mulheres, que são doentes, fazem dietas e exercícios malucos, para não engordar. Realmente só pode ser doença, nada mais explica esse comportamento.

Para as mulheres que se preocupam com o corpo depois da gestação, que acreditam que as estrias e mudanças irão acabar com a vida social eu afirmo: Existe vida depois do manequim 42, podem acreditar!

Uma mulher que prefere não amamentar, com o medo dos seios caírem, nem merecia ter leite, sério mesmo, é muito egoísmo. São esses os casos em que nasce a criança, mas não nasce a mãe, e infelizmente acontece...

Acredito que nada é mais importante do que gerar um bebê saudável, alimentar e cuidar da criança da melhor forma possível, depois essas mulheres podem fazer as dietas que quiserem, os milhares de exercícios para secar a barriga em duas horas, mas faça isso com a certeza de que seu filho não vai precisar de uma mãe sarada, vai precisar de amor, cuidado e dedicação.

Se o problema é com o marido, meu bem, tenha certeza de que a minoria está preocupada com seus culotes. Eles nem sabem diferenciar uma estria de uma celulite. Eles estão acompanhando o crescimento do filho, tenho certeza que os pais de verdade não vão se importar se você levar alguns meses, mais do que um ano, pra voltar a ter o corpo dos sonhos, pode perguntar. 

Mulher é que cobra de mulher, que é cruel em avaliar o corpo da outra, sou a prova viva de que gordura não impede a felicidade, não bloqueia nada, só na sua cabeça. Então liberte-se. Nada mais chato do que ter alguém por perto contando calorias na hora de comer. E repito, uma coisa é ser saudável, outra é ser neurótica. Eu como três frutas por dia, tomo mais de dois litros de água, como legumes e salada, tenho realmente uma dieta equilibrada, prefiro suco natural a refrigerante e quase não como frituras, é verdade! E não é só por causa da gravidez, venho praticando esses novos hábitos há mais de um ano, o que me permitem comer chocolate, me jogar num de um fast food de vez em quando e não sofrer com aquele excesso num final de semana. 

Repito, o importante é saber que seu corpo vai bem, que está feliz, nada pode ser mais prazeroso do que se sentir feliz, e isso vale pra todo mundo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3,4,5 carneirinhos...

Já é madrugada, eu rolo na cama sem conseguir dormir. Será saudade da minha cama, do Isac? É só a segunda noite longe de casa, aproveitei alguns dias para visitar a família em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre. As famílias da minha mãe, e do meu pai, são daqui. Foi a oportunidade perfeita de ver a tia, a prima, a vó materna que completou 70 anos.

A viagem foi de avião, bem rápida e, mesmo com um pouco de turbulência, tranquila. Hoje passei o dia na casa de uma tia, muita conversa, histórias e planos para os próximos meses. Agora deveria estar cansada, mas o sono não vem...

Quando isso acontece quem invade a cabeça são os pensamentos. Como serão os primeiros meses após o nascimento, como será a rotina, o que já compramos, as tantas coisas que temos para providenciar, será que o Isac está dormindo bem, e os sonhos estranhos que eu tenho ultimamente - parece que são por causa da progesterona que circula abundantemete nesse organismo - vontade de comer maça, será que o bebê está confortável?!?! E por aí vai, tudo junto, misturado, fora de ordem, essa cabeça que nunca para.

Hoje foi inevitável pensar no meu pai, no quanto ele estaria feliz em passar por esse momento. Sei que ele está num lugar melhor que a gente, mas não tenho como deixar de pensar nele...

E agora escrevo essas palavras e penso: será que eu vou postar, será que não?!

Enfim, gravidez muda com tudo, mesmo sendo planejada e muito desejada. Por causa dela não estou trabalhando (não por opção minha, pra deixar bem claro) e isso é mais uma entre tantas preocupações. Sei que tudo vai se ajeitar, que é natural ter dúvidas, inseguranças, sentimentos misturados. O importante é ter todos ao nosso redor curtindo nossa gravidez, amando viver essa fase e torcendo pra que tudo continue tão bem como tem sido até agora.



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Os 30% da dúvida

Exame feito, medidas dentro dos padrões de normalidade, descartadas síndromes e problemas cardíacos, tudo lindo, crescendo saudavelmente.

De repente o médico fala: "É menina!" Mamãe, vovó e tia Dinha comemoram, até ele dizer: "Opa, fiquei na dúvida. Quando esse negocinho (mostrando algo na tela, enquanto apertava o aparelho na minha barriga) está pra baixo é menina, pra cima, menino, por isso agora fiquei em dúvida".

Poxa doutor. Assim me deixa numa ansiedade que ainda não tava sentindo, não nessa intensidade...

Mais medidas, apertões e diagnósticos depois ele volta na questão: "É, continuo na dúvida. Digo que tem 70% de chance de ser menina. A partir da 16ª semana teremos certeza".

E assim saímos do consultório muito felizes em saber que tudo está bem, isso realmente tranquiliza. Mas com ainda mais vontade de saber o sexo.

Engraçado foi que, quando vi a prineira imagem do rostinho pensei imediatamente: "É um menino!" o Isac disse que sentiu a mesma coisa. Posso parecer meio precipitada, mas achei os traços do bebê parecidos com do Isac, tirando a parte do nariz redondinho, parecido com o meu. Coisa de mãe...

Quanto ao chocolate, que segundo muitas mães ajudaria a dar uma ligada no bebê, pro meu não pareceu ter feito muito bem, ele tava bastante agitado, deu até uns pulos, fica se mexendo bastante. Achei que, sendo filho meu, já é bem elétrico, não precisa de aditivos estimulantes. No próximo vai ser sem chocolate.

Agora é curtir as imagens do ultrassom e esperar que as próximas semanas passem voando!!

Será que é hoje?

Costumo escrever os posts com calma, depois de ter pensado no assunto, ler alguma coisa sobre o que vou falar pra ter referências e links pra indicar, mas hoje vai ser diferente.

Estou acompanhando a Dinha, melhor amiga/irmã em um exame, na sala de espera da clínica e passei os últimos minutos lendo sobre a ultrassonogtafia da 12ª semana. Hoje vou fazer a minha, com a maravilhosa expectativa de talvez saber o sexo do bebê.

Nos fóruns dos sites que sigo muitas grávidas contam que conseguiram ter quase certeza, ou certeza, a respeito do assunto.

Por aqui a ansiedade é grande... Eu já conversei com nosso bebê, disse que todos vão ficar bem felizes em saber.

A certeza pode ser dada pela posição do bebê, pela qualidade do equipamento e também pela experiência do médico que vai fazer o exame. Partindo do princípio que estamos fazendo nosso acompanhamento numa das mais renomadas clínicas da cidade, tenho esperanças.

Dos vários relatos que li, muitas mamães falavam sobre comer um pedaço de chocolate pouco antes de fazer o ultrassom, com isso o bebê ficaria um pouco agitado e abriria as pernas, gostei da dica hehehe.

Em menos de duas horas estarei lá, na maca, pra ver nosso filho, que agora tem 13 semanas. Torcendo pra sair do consultório podendo chamar pelo nome que a gente escolheu, e liberar a família pra sair comprando o enxoval!!

sexta-feira, 28 de setembro de 2012

XX ou XY?

As semanas vão passando, o bebê crescendo e a pergunta que continua sem resposta é: Menina ou menino?  É inevitável não pensar sobre o assunto, afinal, dessa resposta tudo passa a se definir, o bebê ganha nome, enxoval e parece também assumir a personalidade. 

Pouco pode ser feito, além de sofrer de ansiedade, antes que o bebê queira mostrar qual é seu sexo. Imaginem quando, até poucos anos atrás como pode ter acontecido com nossas mães e nossas tias, a mulher esperava o bebê nascer para então descobrir se era menino ou menina, devia ser difícil...

Ao longo dos séculos muitas simpatias, brincadeiras, técnicas e mandingas foram sendo aplicadas na tentativa de descobrir essa questão essencial. Lógico que não contam com nenhum fator científico, mas em alguns lugares deveriam ser encarados como métodos certeiros. 

Eu não vou negar que tenho a preferência por ter uma menina, essa coisa de "o importante é que venha com saúde" é, sem dúvida, muito verdadeira, mas se eu pudesse escolher queria a Isadora, não me perguntem o motivo da preferência, não sei explicar a vontade, apenas sinto. E, se for um filhão, com certeza vai ter o mesmo amor e dedicação, nem preciso dizer...

Nessas brincadeiras de tentar adivinhas a gente encontra umas coisas bem absurdas, como "se quando você acorda seu travesseiro aponta para o sul a probabilidade é de ser uma menina" OI?!?!? Como assim???? Essa pra mim foi a mais bizarra. Mas tem também as que me convencem mais como: Se o batimento cardíaco for maior que 140 batidas por minuto, desejos por frutas, oscilação de humor maior do que o normal. Essas indicam que o bebê é menina, o contrário menino.

Eu fiz dois testes (adoro testes!!!) em sites diferentes, o primeiro, a Calculadora do Sexo do Bebê, do Baby Center, diz que as perguntas são baseadas em pesquisas científicas, mas deixa claro que não passa de uma brincadeira. O resultado desse foi:

O segundo teste tem perguntas que são baseadas totalmente em crendices populares, como: "pegue um fio de cabelo e pendure sua aliança, aproxime a aliança da barriga, se fizer movimentos circulares: Menina, caso movimente-se como um pêndulo: Menino" esse teste é do blog Potencial Gestante e o resultado foi:



Além dos testes na internet fiz outro, em casa, que achei bem legal: Peça para sua mãe, irmã, amiga, vizinha (uma outra mulher) pegar duas tesouras e duas toalhas. Uma tesoura aberta deve ser envolvida na toalha, e a outra tesoura fechada na segunda toalha. A pessoa que vai aplicar o teste deve fazer isso sem que você veja, logicamente. Depois ela coloca as duas sobre a cama, ou no sofá, e a grávida escolhe uma das duas para sentar em cima. Se a toalha escolhida tiver a tesoura aberta: Menina, caso escolha a fechada: Menino. 

Quando uma amiga disse que a mãe dela aplicou essa com várias grávidas, e nunca deu errado, eu me interessei rapidamente em fazer. Adivinhem qual eu escolhi: A aberta!!! Foi minha mãe quem fez comigo, foi  ótimo porque, além de fazer crescer um pouquinho a esperança, rendeu boas risadas. 

Além dessas existem muitas outras, como o cálculo de somar a idade da grávida ao mês da concepção, se der número ímpar: Menina, par: Menino. Todos esses testes, comigo, dão a mesma esperança de que vamos ter a Isa ano que vem. Eu me divirto!!

O único teste que deu errado foi uma outra amiga que fez. Nós fomos ao casamento de uns amigos, quando ela me viu disse: Deixa eu ver a tua mão!! Eu, que tinha pintado quatro unhas de vermelho e uma de dourado (a chamada filha única na moda dos esmaltes) achei que ela queria ver exatamente isso, minhas unhas, e mostrei a mão virada pra cima. Ela disse: Ahhh vai ser menino!!!! Aí que eu percebi que era mais um teste, caso a grávida mostre a mão com a palma virada pra cima é menina e eu fiz o contrário, mas disse pra ela que fui induzida ao erro, pensei que ela queria ver o esmalte, assim não valeu hahahahhaa.

Enquanto nosso bebê não conta, através da ultrassom, se é a Isadora ou o Bernardo, a gente vai dando risada e fazendo essas brincadeiras. Você conhece alguma pra eu testar??

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não sinto, mas já amo


Estou me aproximando do final do primeiro trimestre de gravidez, que segundo os médicos, especialistas e todo mundo, é o mais sensível e importante. É o principal momento do desenvolvimento da nova vida. É neste período que mais acontecem os abortos espontâneos, muito mais por má formação do feto do que por algo que a gestante tenha feito, se ele não continuou o desenvolvimento é porque algo não ia bem.

Sendo eu a grávida consigo pensar nas mulheres que descobrem a gravidez quando a barriga começa a crescer, ou ainda só quando a criança mexe, vou explicar: Eu não sinto NADA que indique que eu esteja grávida, lógico que tem o sono, a fome, a falta de menstruação, os seios doloridos e as oscilações hormonais, mas isso as mulheres enfrentam em diversos períodos da vida, não só quando estão grávidas.

Por isso consigo entender quando alguém diz que quando a criança nasce é que nasce a mãe. Lógico que existem as mulheres que já têm certeza desde sempre, mas podem realmente existirem os casos de “uma hora a ficha vai cair”.

Quando eu fiz o teste de farmácia, que deu positivo, ao olhar as duas linhas vermelhas lembro de ter pensado: “Meu Deus, estou realmente grávida”. Na hora fui invadida pelo sentimento de proteção. Comecei a caminhar mais devagar, ter mais cuidado com as coisas que estava fazendo e tive a certeza que carregava algo muito delicado, que exigia de mim todo cuidado do mundo, esse foi meu primeiro sentimento pelo bebê.



A notícia me deixou radiante, estar grávida era algo que pensava seriamente há bem pouco tempo. Sempre imaginei que antes de me tornar mãe teria construído uma carreira de sucesso, que ganharia um bom salário e teria curtido muitas emoções de ser jornalista. Até que um dia meu relógio biológico despertou, fiquei impressionado em saber que ele realmente existe. Isso aconteceu quando eu fiz 28 anos, em dezembro do ano passado. Como num passe de mágica eu comecei a repensar essa questão de ser uma grande profissional antes de ser mãe. Achava que eu seria frustrada caso não conseguisse realizar o desejo de ter feito diferença na carreira que escolhi seguir. Até que um dia, conversando com uma jornalista que admiro muito, que já tem mais de 45 anos, e não teve filhos, ela me alertou para o fato de que pensar assim poderia me trazer frustrações muito maiores, como a impossibilidade de ser mãe depois de uma certa idade, como aconteceu com ela, por exemplo.

Ela me disse ainda que eu não era uma pessoa sem realizações, pelo contrário, citou exemplos de coisas que eu já fiz, do meu comportamento e me fez enxergar que, de fato, eu estava pensando de maneira errada.

O toque do despertador natural, a análise da jornalista e uma observação da minha vida me fizeram ter a certeza de que estava preparada para ser mãe, assim que a natureza achasse que era a hora. Para minha surpresa ela estava com pressa, e então, desde de julho sou mais uma entre tantas mulheres que estão gerando uma nova vida, e como fiquei feliz em saber disso!!

E assim, todo dia acordo, e vou dormir, pensando em fazer o melhor para minha saúde, para o bebê que cresce dentro de mim, que não dá sinais de que está ali, que gera uma certeza quase imaterial de existência. Lógico que quando fiz o ultrassom tive a certeza, vi, ouvi, mas o fato de não sentir e um desafio. Por isso quero que o tempo passe rápido, que logo ele comece a dar sinais de contato, de que está interagindo comigo, com o mundo. Sentir o neném mexer na barriga deve ser algo fascinante, que não vejo a hora de sentir!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Informação, registros e diversão

Ele é meu companheiro mais presente, me acorda, lembra das coisas que eu tenho para fazer durante o dia, guarda algumas informações importantes, me avisa que tenho novos emails e recados nas redes sociais, faz eu me sentir perto de tudo, e de todos, meu iPhone é praticamente um melhor amigo. Não sou viciada, porém dependente. A conectividade que ele me proporciona me faz sentir que não fico sem respostas para nada. E não acho ruim essa relação, pelo contrário. Tenho aplicativos para as atividades mais simples, como editar fotos, acessar a conta bancária, falar com os amigos e, agora, para acompanhar a gravidez. 

Na leitura constante de blogs sobre o assunto tenho dois preferidos: Mundo Ovo, que traz textos de diversas autoras, sobre nutrição, comportamento, moda e tira dúvidas das futuras mamães Ge o Baby Center Brasil, super útil, cheio de dicas sobre a gestação, com imagens e gráficos que falam das mudanças do corpo e do desenvolvimento do bebê semana a semana.



App Minha Gravidez Hoje


O blog eu acesso pelo telefone, leio alguns posts por dia, geralmente durante o intervalo no trabalho. Já o Baby Center tem um aplicativo chamado Minha Gravidez Hoje, que traz dicas todos os dias. O outro aplicativo que faz parte da minha rotina diária é o WomanLog Pregnancy, esse, na minha opinião um dos mais legais para esse período. 

No WLP eu faço o registro de sintomas,  humor, peso, tamanho da barriga, tem o campo para registrar os movimentos fetais, contrações, consultas médicas e vai, semana a semana, mostrando o desenvolvimento do feto. E o app pode ser protegido por senha, ou seja, privacidade total para os dados. 

App mais útil para esse período

Pra uma pessoa como eu, que adora ter as informações ao alcance da mão, nada melhor que esses aplicativos para registrar e acompanhar a gravidez. Aí fica fácil eu dizer que semana passada meu bebê tinha o tamanho de uma ervilha, e agora de uma azeitona verde, que já foi um feijão e um dia terá mais de 2 kg e estará pronto para nascer. Além de me divertir, e informar, me da a segurança de que posso saber exatamente o dia que senti dores de cabeça, vontade incontrolável por doces, sono demais, tudo pra facilitar a conversa mensal com a obstetra.

domingo, 16 de setembro de 2012

Sem exageros

Ahhh a gravidez, esse período tão lindo, que deixa a mulher tão meiga, quase celestial... OPA, só um momento. Sim, eu estou grávida, mas continuo sendo eu, aquela pessoa que sempre foi conhecida por ser prática, objetiva e nada romântica.

Não tenho como negar, essa é a minha personalidade, embora taxada de fria e calculista por alguns, não vejo problema nenhum em ser assim, pelo contrário, alguém precisa pensar racionalmente nas situações.
Isso também não quer dizer que eu não saiba me emocionar, eu sei sim, a diferença é que não sou melosa, simples assim. Vou aplicar esse comportamento ao momento:

A melhor amiga sugere uma médica para realizar o primeiro ultrassom, eu aceito a sugestão e faço o exame. O comportamento da médica, pro casal grávido em questão, foi exagerado.  Durante o atendimento ela dizia: “Oi querida, que linda, grávida, vamos ver esse bebezinho, ohhhhh que amor, tá lá, lindo. Viu querida, que lindo, parabéns querida”. Difícil descrever, mas pra mim foi forçado, como se ela precisasse me encher de “queridas” para mostrar como o momento era importante.

A amiga pergunta o que eu achei, expliquei exatamente isso, que achei que poderia ter sido mais natural. Ela comenta que gosta assim, que seria muito ruim ser tratada com frieza e distanciamento durante esse primeiro exame tão especial. Aí entra a parte que eu acho a mais fácil de entender. Existem três maneiras de fazer as coisas: a maneira grosseira, que neste caso seria uma médica totalmente indiferente. A maneira objetiva, que seria um médico que conversasse com a gente, mas sem tanta melosidade, e a terceira, com essa atenção exagerada. Comigo prefira, SEMPRE, a segunda opção.

E isso se aplica a tudo. Entramos no campo do “tudo que é demais, ou de menos, é ruim”. E eu espero que isso me ajude a ser uma mãe que não crie o filho cheio de manias, super proteção e posse. Aliás, sentimento de posse é algo bem perigoso. Sempre que pensava em ter filhos, e agora isso é um fato concreto, minha ideia é de criar alguém que acrescente ao mundo, que viva e construa experiências e tenha muita história pra contar. Nunca pensei em ter um filho para não ficar sozinha na velhice, para ter alguém a quem recorrer, acho isso um pensamento muito egoísta. E aí eu não sei se tem a ver com a maneira como a gente é criada, ou com a nossa personalidade, ou se uma coisa depende da outra. Fato é que eu sempre fui bastante independente. Hoje até penso que minha mãe gostaria de ter me tido mais perto por mais tempo, mas eu estava sempre fazendo alguma coisa, ou em busca de algo.



Acho que uma das frases que minha mãe mais ouviu de mim, principalmente na adolescência, foi: “mãeeeee não tem nada pra fazer, que chatice”. Lembro exatamente de deitar ao lado dela e ficar querendo arrumar alguma coisa nova, diferente...  E a ela agradeço a possibilidade de ter vivido as minhas experiências, de ter corrido muito na rua, de ter trabalhado desde cedo, isso me trouxe maturidade e amor pela vida. Imagina se eu tivesse sido criada dentro de casa, trancada, sempre preparada para ser apenas uma boa dona de casa e mãe, não ia ter dado certo.

Tenho certeza que essa relação que sempre tive com os meus pais se baseou no sentimento mais puro, a confiança. Meu pai sempre me disse: “eu confio em ti, sei que tu não vai fazer nada pra me decepcionar”, isso guiou meus passos, sempre. Às vezes contanto com a sorte, claro.

E é isso que quero passar pra frente, a possibilidade de que nosso filho seja uma pessoa, que apoiada em mim e no Isac, irá ter a sua vida, para confiar em nós e ter muita história pra contar. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Grávida estreante

Atendendo aos inúmeros pedidos recebidos nas últimas semanas aqui estou eu, iniciando um blog para contar sobre a minha gravidez. Escrever sempre foi uma das minhas atividades preferidas. Com o blog sobre Bogotá consegui criar um espaço informativo, que rende emails de leitores semanalmente, e agora começo um que servirá como registro desta fase tão única e inédita para mim.
Blogs sobre gravidez tem aos montes, sobre tudo que envolve o tema, eu mesma sou leitora de uns dois ou três, mas a ideia de fazer o meu é justamente para contar como eu estou vivendo o momento, já que, como a gente sempre ouve, cada gravidez é diferente.

Estou na oitava semana, e a pergunta que sempre ouço é: "Tá com quantos meses?" Eu respondo "tantas semanas" e a pessoa geralmente diz "ah é, as semanas da grávida são diferentes das outras". Aí já começo dizendo que não, não são diferentes, o que acontece é que uma gravidez dura mais de nove meses, só isso.

Se formos calcular nove meses terão 36 semanas, sendo que a gravidez vai de 38 a 42, ou seja, podemos ficar até mais de dez meses gerando o bebê. Acho que essa convenção dos nove meses vem do tempo em que a mulher só tinha certeza de que estava grávida quando percebia o atraso da menstruação, geralmente já estando grávida há mais de um mês, e aí sim começava a contar os nove meses até o nascimento, pelo menos foi a essa explicação lógica que eu consegui chegar. Outra razão para que as grávidas falem em semanas, e não em meses, é que a cada semana uma coisa diferente acontece, por isso cada dia é importante, e diferente.

Estou lendo o livro O Que Esperar Quando Você Está Esperando, da americana Heidi Murkoff, um guia bastante completo, que já está na terceira edição e sendo atualizado constantemente. Uma das coisas que mais se repetem no livro é a observação de que, sem dúvida, vivemos a época mais segura para termos filhos. No mundo todo, sim, as mais de 7 bilhões de pessoas são fruto de gestações, as mulheres dão à luz dos mais variados modos, com segurança e cuidados médicos, sem uma coisa nem outra, no meio de florestas, nos lugares mais distantes, isso sem pensar em como era na Idade Média, no tempo das cavernas... Com certeza vivemos a época mais segura.

Meu bebê tinha pouco mais de 1cm quando já pude ouvir o coração, acelerado, batendo. Um exame de ultrassonografia já me disse com precisão o tamanho que ele tinha, há quantas semanas ele existia e quando deve nascer. Essas coisas me deixam impressionada, e feliz ao mesmo tempo, já que assim a gente se sente muito mais próxima do filho.

Nosso bebê, com alguns milímetros de vida


Acompanhe então a narração desta história de descobertas, crescimento, novidades, algumas reclamações,  amores e, o mais importante, vida nova.