segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Crescendo e aprendendo

Estava lendo uma matéria sobre como estimular atitudes de empreendedorismo em crianças, os especialistas dizem que a família deve incentivar a criatividade, ensinar a lidar com finanças, exercitar a defesa dos seus pontos de vista, conhecer e desenvolver características, superar limites e uma série de outras coisas.

Já falei em outro post sobre o estilo de criação que eu tive. Meu pai estava sempre envolvido em alguma nova ideia, num projeto novo, sempre valorizou o fato de conquistarmos as coisas. Fiquei pensando exatamente em como isso sempre se refletiu positivamente. Há mais de 20 anos essas ideias de criar crianças pensando em como desenvolver suas habilidades para o futuro não eram muito difundidas. Criança era criança e ponto, cabia aos pais alimentar, cuidar, amar e, se possível, oferecer uma boa escola, nada muito além disso. Hoje é completamente diferente. Sabemos como é ser um adulto que se preocupa com a carreira, com os desafios profissionais, com a escolha de ser profissional liberal, funcionário público, empreendedor, ou qualquer outro modelo de trabalhador, já que existem tantos...



Pensei também, em toda essa reflexão, nos momentos que passamos em família. Tenho poucas lembranças concretas da infância, sei que brinquei bastante na rua, que ia pra escola e uma vez por ano recebia a visitas dos avós maternos. Lembro que minha minha irmã nasceu quando eu tinha seis anos e que pouco ajudei nos cuidados, a piscina era realmente mais interessante.

Da adolescência lembro mais coisas. Também da escola, onde sempre estava inventando alguma coisa, das amigas, das idas ao cinema em dia de promoção, quando saímos em bandos de quase 10 rumo ao shopping, de ônibus. Quando R$10 eram suficientes pra pagar a passagem, ir no cinema, comer um McLanche feliz e ainda voltar com algumas moedas. Sim, isso era possível lá pelo final da década de 90.

E conforme as coisas foram acontecendo as lembranças vão se consolidando, se tornam mais próximas. Temos a noção de que agora sim é que vivemos, mas aí cheguei a conclusão que até começarmos a trabalhar, enquanto a vida é bastante dependente dos pais, as atividades serão pra quem os pais lembrem, são essas coisas que os farão ter saudade da gente. Depois, com os filhos cada vez mais independentes eles nos perdem, pelo menos um pouco, para o mundo. É neste momento que a gente passa a criar nossa bagagem de gente grande.

Desde muito cedo eu tinha uma preocupação em relação ao meu sobrinho/afilhado, fazia as coisas com ele e pensava "será que ele vai lembrar disso!?" pouco provável, mas, sem dúvida eu vou. E se eu fiz com objetivo de marcar a vida dele posso ficar tranquila, nunca foi em vão. Ele pode não lembrar do dia que eu levei ele sozinha pra passear, que fiquei me sentindo a pessoa mais responsável do mundo, mas com certeza o elo que cada dia mais se fortalece entre a gente é o que vai fazer ele confiar em mim a vida toda, assim como eu confio na minha tia.

Agora fico aqui pensando, imagina isso com a nossa filha!!!! Vai ser lindo de sentir!!

No fundo tudo isso se completa. Oferecer um ambiente de desenvolvimento físico e emocional é responsabilidade dos pais, pra formar adultos capazes, confiantes e cheios de potencial.

2 comentários:

  1. Esse post ficou muito bom. Agora a questão dos vários desenvolvimentos que se pode proporcionar às crianças x a criação que vc teve, sempre no meio de novos projetos e ideias empreendedoras vai significar que a Isa vai desmontar a televisão, igual vc fazia com tudo o q existia dentro de casa? Hahahahaha. Beijoooo. #medinhuuuu

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    1. Ahuahauahuahauhauhauah, chorei de tanto rir, isso era curiosidade prima, espero que a Isa seja ainda mais ;)

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