sexta-feira, 28 de setembro de 2012

XX ou XY?

As semanas vão passando, o bebê crescendo e a pergunta que continua sem resposta é: Menina ou menino?  É inevitável não pensar sobre o assunto, afinal, dessa resposta tudo passa a se definir, o bebê ganha nome, enxoval e parece também assumir a personalidade. 

Pouco pode ser feito, além de sofrer de ansiedade, antes que o bebê queira mostrar qual é seu sexo. Imaginem quando, até poucos anos atrás como pode ter acontecido com nossas mães e nossas tias, a mulher esperava o bebê nascer para então descobrir se era menino ou menina, devia ser difícil...

Ao longo dos séculos muitas simpatias, brincadeiras, técnicas e mandingas foram sendo aplicadas na tentativa de descobrir essa questão essencial. Lógico que não contam com nenhum fator científico, mas em alguns lugares deveriam ser encarados como métodos certeiros. 

Eu não vou negar que tenho a preferência por ter uma menina, essa coisa de "o importante é que venha com saúde" é, sem dúvida, muito verdadeira, mas se eu pudesse escolher queria a Isadora, não me perguntem o motivo da preferência, não sei explicar a vontade, apenas sinto. E, se for um filhão, com certeza vai ter o mesmo amor e dedicação, nem preciso dizer...

Nessas brincadeiras de tentar adivinhas a gente encontra umas coisas bem absurdas, como "se quando você acorda seu travesseiro aponta para o sul a probabilidade é de ser uma menina" OI?!?!? Como assim???? Essa pra mim foi a mais bizarra. Mas tem também as que me convencem mais como: Se o batimento cardíaco for maior que 140 batidas por minuto, desejos por frutas, oscilação de humor maior do que o normal. Essas indicam que o bebê é menina, o contrário menino.

Eu fiz dois testes (adoro testes!!!) em sites diferentes, o primeiro, a Calculadora do Sexo do Bebê, do Baby Center, diz que as perguntas são baseadas em pesquisas científicas, mas deixa claro que não passa de uma brincadeira. O resultado desse foi:

O segundo teste tem perguntas que são baseadas totalmente em crendices populares, como: "pegue um fio de cabelo e pendure sua aliança, aproxime a aliança da barriga, se fizer movimentos circulares: Menina, caso movimente-se como um pêndulo: Menino" esse teste é do blog Potencial Gestante e o resultado foi:



Além dos testes na internet fiz outro, em casa, que achei bem legal: Peça para sua mãe, irmã, amiga, vizinha (uma outra mulher) pegar duas tesouras e duas toalhas. Uma tesoura aberta deve ser envolvida na toalha, e a outra tesoura fechada na segunda toalha. A pessoa que vai aplicar o teste deve fazer isso sem que você veja, logicamente. Depois ela coloca as duas sobre a cama, ou no sofá, e a grávida escolhe uma das duas para sentar em cima. Se a toalha escolhida tiver a tesoura aberta: Menina, caso escolha a fechada: Menino. 

Quando uma amiga disse que a mãe dela aplicou essa com várias grávidas, e nunca deu errado, eu me interessei rapidamente em fazer. Adivinhem qual eu escolhi: A aberta!!! Foi minha mãe quem fez comigo, foi  ótimo porque, além de fazer crescer um pouquinho a esperança, rendeu boas risadas. 

Além dessas existem muitas outras, como o cálculo de somar a idade da grávida ao mês da concepção, se der número ímpar: Menina, par: Menino. Todos esses testes, comigo, dão a mesma esperança de que vamos ter a Isa ano que vem. Eu me divirto!!

O único teste que deu errado foi uma outra amiga que fez. Nós fomos ao casamento de uns amigos, quando ela me viu disse: Deixa eu ver a tua mão!! Eu, que tinha pintado quatro unhas de vermelho e uma de dourado (a chamada filha única na moda dos esmaltes) achei que ela queria ver exatamente isso, minhas unhas, e mostrei a mão virada pra cima. Ela disse: Ahhh vai ser menino!!!! Aí que eu percebi que era mais um teste, caso a grávida mostre a mão com a palma virada pra cima é menina e eu fiz o contrário, mas disse pra ela que fui induzida ao erro, pensei que ela queria ver o esmalte, assim não valeu hahahahhaa.

Enquanto nosso bebê não conta, através da ultrassom, se é a Isadora ou o Bernardo, a gente vai dando risada e fazendo essas brincadeiras. Você conhece alguma pra eu testar??

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Não sinto, mas já amo


Estou me aproximando do final do primeiro trimestre de gravidez, que segundo os médicos, especialistas e todo mundo, é o mais sensível e importante. É o principal momento do desenvolvimento da nova vida. É neste período que mais acontecem os abortos espontâneos, muito mais por má formação do feto do que por algo que a gestante tenha feito, se ele não continuou o desenvolvimento é porque algo não ia bem.

Sendo eu a grávida consigo pensar nas mulheres que descobrem a gravidez quando a barriga começa a crescer, ou ainda só quando a criança mexe, vou explicar: Eu não sinto NADA que indique que eu esteja grávida, lógico que tem o sono, a fome, a falta de menstruação, os seios doloridos e as oscilações hormonais, mas isso as mulheres enfrentam em diversos períodos da vida, não só quando estão grávidas.

Por isso consigo entender quando alguém diz que quando a criança nasce é que nasce a mãe. Lógico que existem as mulheres que já têm certeza desde sempre, mas podem realmente existirem os casos de “uma hora a ficha vai cair”.

Quando eu fiz o teste de farmácia, que deu positivo, ao olhar as duas linhas vermelhas lembro de ter pensado: “Meu Deus, estou realmente grávida”. Na hora fui invadida pelo sentimento de proteção. Comecei a caminhar mais devagar, ter mais cuidado com as coisas que estava fazendo e tive a certeza que carregava algo muito delicado, que exigia de mim todo cuidado do mundo, esse foi meu primeiro sentimento pelo bebê.



A notícia me deixou radiante, estar grávida era algo que pensava seriamente há bem pouco tempo. Sempre imaginei que antes de me tornar mãe teria construído uma carreira de sucesso, que ganharia um bom salário e teria curtido muitas emoções de ser jornalista. Até que um dia meu relógio biológico despertou, fiquei impressionado em saber que ele realmente existe. Isso aconteceu quando eu fiz 28 anos, em dezembro do ano passado. Como num passe de mágica eu comecei a repensar essa questão de ser uma grande profissional antes de ser mãe. Achava que eu seria frustrada caso não conseguisse realizar o desejo de ter feito diferença na carreira que escolhi seguir. Até que um dia, conversando com uma jornalista que admiro muito, que já tem mais de 45 anos, e não teve filhos, ela me alertou para o fato de que pensar assim poderia me trazer frustrações muito maiores, como a impossibilidade de ser mãe depois de uma certa idade, como aconteceu com ela, por exemplo.

Ela me disse ainda que eu não era uma pessoa sem realizações, pelo contrário, citou exemplos de coisas que eu já fiz, do meu comportamento e me fez enxergar que, de fato, eu estava pensando de maneira errada.

O toque do despertador natural, a análise da jornalista e uma observação da minha vida me fizeram ter a certeza de que estava preparada para ser mãe, assim que a natureza achasse que era a hora. Para minha surpresa ela estava com pressa, e então, desde de julho sou mais uma entre tantas mulheres que estão gerando uma nova vida, e como fiquei feliz em saber disso!!

E assim, todo dia acordo, e vou dormir, pensando em fazer o melhor para minha saúde, para o bebê que cresce dentro de mim, que não dá sinais de que está ali, que gera uma certeza quase imaterial de existência. Lógico que quando fiz o ultrassom tive a certeza, vi, ouvi, mas o fato de não sentir e um desafio. Por isso quero que o tempo passe rápido, que logo ele comece a dar sinais de contato, de que está interagindo comigo, com o mundo. Sentir o neném mexer na barriga deve ser algo fascinante, que não vejo a hora de sentir!!

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Informação, registros e diversão

Ele é meu companheiro mais presente, me acorda, lembra das coisas que eu tenho para fazer durante o dia, guarda algumas informações importantes, me avisa que tenho novos emails e recados nas redes sociais, faz eu me sentir perto de tudo, e de todos, meu iPhone é praticamente um melhor amigo. Não sou viciada, porém dependente. A conectividade que ele me proporciona me faz sentir que não fico sem respostas para nada. E não acho ruim essa relação, pelo contrário. Tenho aplicativos para as atividades mais simples, como editar fotos, acessar a conta bancária, falar com os amigos e, agora, para acompanhar a gravidez. 

Na leitura constante de blogs sobre o assunto tenho dois preferidos: Mundo Ovo, que traz textos de diversas autoras, sobre nutrição, comportamento, moda e tira dúvidas das futuras mamães Ge o Baby Center Brasil, super útil, cheio de dicas sobre a gestação, com imagens e gráficos que falam das mudanças do corpo e do desenvolvimento do bebê semana a semana.



App Minha Gravidez Hoje


O blog eu acesso pelo telefone, leio alguns posts por dia, geralmente durante o intervalo no trabalho. Já o Baby Center tem um aplicativo chamado Minha Gravidez Hoje, que traz dicas todos os dias. O outro aplicativo que faz parte da minha rotina diária é o WomanLog Pregnancy, esse, na minha opinião um dos mais legais para esse período. 

No WLP eu faço o registro de sintomas,  humor, peso, tamanho da barriga, tem o campo para registrar os movimentos fetais, contrações, consultas médicas e vai, semana a semana, mostrando o desenvolvimento do feto. E o app pode ser protegido por senha, ou seja, privacidade total para os dados. 

App mais útil para esse período

Pra uma pessoa como eu, que adora ter as informações ao alcance da mão, nada melhor que esses aplicativos para registrar e acompanhar a gravidez. Aí fica fácil eu dizer que semana passada meu bebê tinha o tamanho de uma ervilha, e agora de uma azeitona verde, que já foi um feijão e um dia terá mais de 2 kg e estará pronto para nascer. Além de me divertir, e informar, me da a segurança de que posso saber exatamente o dia que senti dores de cabeça, vontade incontrolável por doces, sono demais, tudo pra facilitar a conversa mensal com a obstetra.

domingo, 16 de setembro de 2012

Sem exageros

Ahhh a gravidez, esse período tão lindo, que deixa a mulher tão meiga, quase celestial... OPA, só um momento. Sim, eu estou grávida, mas continuo sendo eu, aquela pessoa que sempre foi conhecida por ser prática, objetiva e nada romântica.

Não tenho como negar, essa é a minha personalidade, embora taxada de fria e calculista por alguns, não vejo problema nenhum em ser assim, pelo contrário, alguém precisa pensar racionalmente nas situações.
Isso também não quer dizer que eu não saiba me emocionar, eu sei sim, a diferença é que não sou melosa, simples assim. Vou aplicar esse comportamento ao momento:

A melhor amiga sugere uma médica para realizar o primeiro ultrassom, eu aceito a sugestão e faço o exame. O comportamento da médica, pro casal grávido em questão, foi exagerado.  Durante o atendimento ela dizia: “Oi querida, que linda, grávida, vamos ver esse bebezinho, ohhhhh que amor, tá lá, lindo. Viu querida, que lindo, parabéns querida”. Difícil descrever, mas pra mim foi forçado, como se ela precisasse me encher de “queridas” para mostrar como o momento era importante.

A amiga pergunta o que eu achei, expliquei exatamente isso, que achei que poderia ter sido mais natural. Ela comenta que gosta assim, que seria muito ruim ser tratada com frieza e distanciamento durante esse primeiro exame tão especial. Aí entra a parte que eu acho a mais fácil de entender. Existem três maneiras de fazer as coisas: a maneira grosseira, que neste caso seria uma médica totalmente indiferente. A maneira objetiva, que seria um médico que conversasse com a gente, mas sem tanta melosidade, e a terceira, com essa atenção exagerada. Comigo prefira, SEMPRE, a segunda opção.

E isso se aplica a tudo. Entramos no campo do “tudo que é demais, ou de menos, é ruim”. E eu espero que isso me ajude a ser uma mãe que não crie o filho cheio de manias, super proteção e posse. Aliás, sentimento de posse é algo bem perigoso. Sempre que pensava em ter filhos, e agora isso é um fato concreto, minha ideia é de criar alguém que acrescente ao mundo, que viva e construa experiências e tenha muita história pra contar. Nunca pensei em ter um filho para não ficar sozinha na velhice, para ter alguém a quem recorrer, acho isso um pensamento muito egoísta. E aí eu não sei se tem a ver com a maneira como a gente é criada, ou com a nossa personalidade, ou se uma coisa depende da outra. Fato é que eu sempre fui bastante independente. Hoje até penso que minha mãe gostaria de ter me tido mais perto por mais tempo, mas eu estava sempre fazendo alguma coisa, ou em busca de algo.



Acho que uma das frases que minha mãe mais ouviu de mim, principalmente na adolescência, foi: “mãeeeee não tem nada pra fazer, que chatice”. Lembro exatamente de deitar ao lado dela e ficar querendo arrumar alguma coisa nova, diferente...  E a ela agradeço a possibilidade de ter vivido as minhas experiências, de ter corrido muito na rua, de ter trabalhado desde cedo, isso me trouxe maturidade e amor pela vida. Imagina se eu tivesse sido criada dentro de casa, trancada, sempre preparada para ser apenas uma boa dona de casa e mãe, não ia ter dado certo.

Tenho certeza que essa relação que sempre tive com os meus pais se baseou no sentimento mais puro, a confiança. Meu pai sempre me disse: “eu confio em ti, sei que tu não vai fazer nada pra me decepcionar”, isso guiou meus passos, sempre. Às vezes contanto com a sorte, claro.

E é isso que quero passar pra frente, a possibilidade de que nosso filho seja uma pessoa, que apoiada em mim e no Isac, irá ter a sua vida, para confiar em nós e ter muita história pra contar. 

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Grávida estreante

Atendendo aos inúmeros pedidos recebidos nas últimas semanas aqui estou eu, iniciando um blog para contar sobre a minha gravidez. Escrever sempre foi uma das minhas atividades preferidas. Com o blog sobre Bogotá consegui criar um espaço informativo, que rende emails de leitores semanalmente, e agora começo um que servirá como registro desta fase tão única e inédita para mim.
Blogs sobre gravidez tem aos montes, sobre tudo que envolve o tema, eu mesma sou leitora de uns dois ou três, mas a ideia de fazer o meu é justamente para contar como eu estou vivendo o momento, já que, como a gente sempre ouve, cada gravidez é diferente.

Estou na oitava semana, e a pergunta que sempre ouço é: "Tá com quantos meses?" Eu respondo "tantas semanas" e a pessoa geralmente diz "ah é, as semanas da grávida são diferentes das outras". Aí já começo dizendo que não, não são diferentes, o que acontece é que uma gravidez dura mais de nove meses, só isso.

Se formos calcular nove meses terão 36 semanas, sendo que a gravidez vai de 38 a 42, ou seja, podemos ficar até mais de dez meses gerando o bebê. Acho que essa convenção dos nove meses vem do tempo em que a mulher só tinha certeza de que estava grávida quando percebia o atraso da menstruação, geralmente já estando grávida há mais de um mês, e aí sim começava a contar os nove meses até o nascimento, pelo menos foi a essa explicação lógica que eu consegui chegar. Outra razão para que as grávidas falem em semanas, e não em meses, é que a cada semana uma coisa diferente acontece, por isso cada dia é importante, e diferente.

Estou lendo o livro O Que Esperar Quando Você Está Esperando, da americana Heidi Murkoff, um guia bastante completo, que já está na terceira edição e sendo atualizado constantemente. Uma das coisas que mais se repetem no livro é a observação de que, sem dúvida, vivemos a época mais segura para termos filhos. No mundo todo, sim, as mais de 7 bilhões de pessoas são fruto de gestações, as mulheres dão à luz dos mais variados modos, com segurança e cuidados médicos, sem uma coisa nem outra, no meio de florestas, nos lugares mais distantes, isso sem pensar em como era na Idade Média, no tempo das cavernas... Com certeza vivemos a época mais segura.

Meu bebê tinha pouco mais de 1cm quando já pude ouvir o coração, acelerado, batendo. Um exame de ultrassonografia já me disse com precisão o tamanho que ele tinha, há quantas semanas ele existia e quando deve nascer. Essas coisas me deixam impressionada, e feliz ao mesmo tempo, já que assim a gente se sente muito mais próxima do filho.

Nosso bebê, com alguns milímetros de vida


Acompanhe então a narração desta história de descobertas, crescimento, novidades, algumas reclamações,  amores e, o mais importante, vida nova.