quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Sinal de vida, depois de tanto tempo...

O tempo, sempre ele... passa voando, muito mais rápido do que eu gostaria, por ter tantas coisas para fazer.  A última vez que escrevi aqui ainda não tinha certeza se esperava pela Isadora ou Bernardo. Apostava em uma menina, acreditei no sexto sentido, que estava descalibrado, e na maioria das brincadeiras que fizeram comigo. Quase um mês depois tivemos a certeza que é o Bernardo, e desde então ficamos ainda mais felizes, podendo conversar com o bebê, chamando ele pelo nome e escolhendo tudo para recebê-lo da melhor maneira possível.

Também deixei de escrever aqui porque o site Capital Chic me deu a honra de ser uma de suas colunistas, envio textos quinzenalmente, os links com três colunas já publicadas estão logo abaixo:

O despertar para a maternidade

XX ou XY A hora da definição

Agora falta pouco

Estamos no oitavo mês, em aproximadamente seis semanas nosso bebê fará sua estreia, provavelmente até o nascimento os textos devem continuar, depois, prometo uns textos quando sobrar um tempinho. Até abril é conter a ansiedade e continuar preparando tudo para a chegada do Bernardo.


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Crescendo e aprendendo

Estava lendo uma matéria sobre como estimular atitudes de empreendedorismo em crianças, os especialistas dizem que a família deve incentivar a criatividade, ensinar a lidar com finanças, exercitar a defesa dos seus pontos de vista, conhecer e desenvolver características, superar limites e uma série de outras coisas.

Já falei em outro post sobre o estilo de criação que eu tive. Meu pai estava sempre envolvido em alguma nova ideia, num projeto novo, sempre valorizou o fato de conquistarmos as coisas. Fiquei pensando exatamente em como isso sempre se refletiu positivamente. Há mais de 20 anos essas ideias de criar crianças pensando em como desenvolver suas habilidades para o futuro não eram muito difundidas. Criança era criança e ponto, cabia aos pais alimentar, cuidar, amar e, se possível, oferecer uma boa escola, nada muito além disso. Hoje é completamente diferente. Sabemos como é ser um adulto que se preocupa com a carreira, com os desafios profissionais, com a escolha de ser profissional liberal, funcionário público, empreendedor, ou qualquer outro modelo de trabalhador, já que existem tantos...



Pensei também, em toda essa reflexão, nos momentos que passamos em família. Tenho poucas lembranças concretas da infância, sei que brinquei bastante na rua, que ia pra escola e uma vez por ano recebia a visitas dos avós maternos. Lembro que minha minha irmã nasceu quando eu tinha seis anos e que pouco ajudei nos cuidados, a piscina era realmente mais interessante.

Da adolescência lembro mais coisas. Também da escola, onde sempre estava inventando alguma coisa, das amigas, das idas ao cinema em dia de promoção, quando saímos em bandos de quase 10 rumo ao shopping, de ônibus. Quando R$10 eram suficientes pra pagar a passagem, ir no cinema, comer um McLanche feliz e ainda voltar com algumas moedas. Sim, isso era possível lá pelo final da década de 90.

E conforme as coisas foram acontecendo as lembranças vão se consolidando, se tornam mais próximas. Temos a noção de que agora sim é que vivemos, mas aí cheguei a conclusão que até começarmos a trabalhar, enquanto a vida é bastante dependente dos pais, as atividades serão pra quem os pais lembrem, são essas coisas que os farão ter saudade da gente. Depois, com os filhos cada vez mais independentes eles nos perdem, pelo menos um pouco, para o mundo. É neste momento que a gente passa a criar nossa bagagem de gente grande.

Desde muito cedo eu tinha uma preocupação em relação ao meu sobrinho/afilhado, fazia as coisas com ele e pensava "será que ele vai lembrar disso!?" pouco provável, mas, sem dúvida eu vou. E se eu fiz com objetivo de marcar a vida dele posso ficar tranquila, nunca foi em vão. Ele pode não lembrar do dia que eu levei ele sozinha pra passear, que fiquei me sentindo a pessoa mais responsável do mundo, mas com certeza o elo que cada dia mais se fortalece entre a gente é o que vai fazer ele confiar em mim a vida toda, assim como eu confio na minha tia.

Agora fico aqui pensando, imagina isso com a nossa filha!!!! Vai ser lindo de sentir!!

No fundo tudo isso se completa. Oferecer um ambiente de desenvolvimento físico e emocional é responsabilidade dos pais, pra formar adultos capazes, confiantes e cheios de potencial.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Meses x Semanas, pra tentar entender essa conta

Estou entrando na 16ª semana, na próxima devo fazer mais um ultrassom, e, talvez ter a certeza de que é a Isadora que está a caminho. E falando em semana, achei uma tabela que tem me ajudado bastante, sobre as semanas correspondentes aos meses da gestação. 


Essa tabela é maravilhosa, ela mostra que de fato os nove meses da gravidez não são iguais aos do calendário. Os quinto e sexto mês, por exemplo, tem cinco semanas cada, enquanto os outros quatro semanas. As grávidas em geral sempre irão falar em qual semana estão, deixando quem nunca engravidou na dúvida, e a gente fala em semanas não só porque todas as semanas são importantes, e que em cada uma acontece uma coisa nova, mas a gente tenta facilitar também, eu explico:

Nesta semana estou encerrando o quarto mês, semana que vem eu posso dizer que estou no quinto, aí, a pessoa que pergunta geralmente faz o cálculo de quanto falta e vai me dizer "ah, então vai nascer em março!" mas não, a previsão é de que nasça no meio de abril, e aí vem a confusão. É que, quando eu falo estou no quinto mês, você entende cinco meses, que são coisas diferentes, concorda? Eu vou passar cinco semanas no quinto mês, e por isso quando a gente fala o mês parece que é "fechado", aí as datas não batem.
É, pra quem não é grávida pode ser realmente confuso, mas enfim, eu não sofro mais de dúvida depois dessa maravilhosa tabela amiga.

Então, se você estiver grávida aproveite para salvar e ter sempre por perto, ela vai ser útil por bastante tempo.

E ainda tem mais, uma gravidez pode ir até a 42ª semana sem oferecer riscos para mamãe e o bebê, ou seja, pode durar 9 meses e meio, por isso, definitivamente a gente não passa nove meses grávida, pode passar até mais, minha irmã ganhou o Pietro na 41ª, em um parto normal, lembro que ela nem respirava mais direito, ficava alisando a barrigona e dizia "filho, nasce logo, por favor, mamãe quer cuidar de você aqui fora" hahahaha, foram dias de muita espera, hoje ele já está com três anos, como o tempo passa rápido com eles do lado de fora...

E por aqui, vamos passando pelo segundo trimestre da gravidez felizes da vida, planejando a decoração, dando uma espiada no carrinho e no bebê conforto que já chegaram, e estão encaixotados, e começando a pensar no chá de fraldas, e com um monte de coisas ainda para fazer, coisa mais boa!!! 

Em tempo, quero agradecer a Karol, mamãe da Isabelle, que nasceu dia 2 de outubro. Foi no Facebook da Karol que achei a tabela, é meu dever compartilhar :)

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Felicidade não é medida na balança

Nunca fui magra, pelo menos nunca me senti, e ao contrário do que as pessoas podem imaginar isso nunca foi um problema. Lógico que não vale só o sentimento estético, o importante é ter saúde, mas tendo em vista a gravidez que estou tendo, com tudo correndo da melhor forma possível posso ter certeza de que não perdi tempo encarando dietas malucas em buscar de um manequim pequeno.

Muitas vezes já desejei comprar roupas que não me serviram, mas sempre achei alternativas. Acredito realmente que ter barriga, celulite, braços grossos e vestir 46 não impossibilitam minha capacidade de conquistar as coisas que sempre quis, e é só perguntar pros mais próximos, eu realmente consigo.

Cansei de ouvir "nossa, você tem um rosto lindo", isso realmente me chateou por um tempo. Quando fala isso a pessoa até está elogiando, mas ela deixa claro que sei rosto é bonito, você como um todo não. Ela ressalta que seu corpo não está de acordo, e isso, para algumas pessoas pode realmente ser muito mais forte do que se não ouvisse nada. Eu já passei da fase de me incomodar, tento entender que não é por maldade, as pessoas simplesmente falam sem pensar, mas caso seja uma dessas, da próxima vez diga para uma menina gordinha: Você é bonita, vai receber em troca um sorriso bem mais verdadeiro.

Mas e o que tudo isso tem a ver com a gravidez? Tudo! Em todos sites, blogs, livros e revistas que li até agora, sem exceção, os escritores tentam consolar as mães, dizendo que engordar faz parte do processo da gravidez bla bla bla. E se eles dizem isso é porque as grávidas, pelo menos algumas, realmente levam a sério a questão estética e o ganho de peso como um problema, mas minha querida, você está gerando uma nova vida, que cresce, se alimenta e exige espaço, seria, no mínimo estranho, não aumentar de volume com isso. Não consigo conceber a ideia de que uma mulher grávida realmente pense que está gorda. E devo pensar isso porque não sei o que é ser magra, só pode.



Lendo uma matéria da revista Crescer deste mês descobri que existe uma doença chamada pregorexia, um distúrbio alimentar que acomete algumas gestantes, geralmente as que tiveram bulimia ou anorexia antes de engravidar. Essas mulheres, que são doentes, fazem dietas e exercícios malucos, para não engordar. Realmente só pode ser doença, nada mais explica esse comportamento.

Para as mulheres que se preocupam com o corpo depois da gestação, que acreditam que as estrias e mudanças irão acabar com a vida social eu afirmo: Existe vida depois do manequim 42, podem acreditar!

Uma mulher que prefere não amamentar, com o medo dos seios caírem, nem merecia ter leite, sério mesmo, é muito egoísmo. São esses os casos em que nasce a criança, mas não nasce a mãe, e infelizmente acontece...

Acredito que nada é mais importante do que gerar um bebê saudável, alimentar e cuidar da criança da melhor forma possível, depois essas mulheres podem fazer as dietas que quiserem, os milhares de exercícios para secar a barriga em duas horas, mas faça isso com a certeza de que seu filho não vai precisar de uma mãe sarada, vai precisar de amor, cuidado e dedicação.

Se o problema é com o marido, meu bem, tenha certeza de que a minoria está preocupada com seus culotes. Eles nem sabem diferenciar uma estria de uma celulite. Eles estão acompanhando o crescimento do filho, tenho certeza que os pais de verdade não vão se importar se você levar alguns meses, mais do que um ano, pra voltar a ter o corpo dos sonhos, pode perguntar. 

Mulher é que cobra de mulher, que é cruel em avaliar o corpo da outra, sou a prova viva de que gordura não impede a felicidade, não bloqueia nada, só na sua cabeça. Então liberte-se. Nada mais chato do que ter alguém por perto contando calorias na hora de comer. E repito, uma coisa é ser saudável, outra é ser neurótica. Eu como três frutas por dia, tomo mais de dois litros de água, como legumes e salada, tenho realmente uma dieta equilibrada, prefiro suco natural a refrigerante e quase não como frituras, é verdade! E não é só por causa da gravidez, venho praticando esses novos hábitos há mais de um ano, o que me permitem comer chocolate, me jogar num de um fast food de vez em quando e não sofrer com aquele excesso num final de semana. 

Repito, o importante é saber que seu corpo vai bem, que está feliz, nada pode ser mais prazeroso do que se sentir feliz, e isso vale pra todo mundo.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

1 carneirinho, 2 carneirinhos, 3,4,5 carneirinhos...

Já é madrugada, eu rolo na cama sem conseguir dormir. Será saudade da minha cama, do Isac? É só a segunda noite longe de casa, aproveitei alguns dias para visitar a família em Alvorada, região metropolitana de Porto Alegre. As famílias da minha mãe, e do meu pai, são daqui. Foi a oportunidade perfeita de ver a tia, a prima, a vó materna que completou 70 anos.

A viagem foi de avião, bem rápida e, mesmo com um pouco de turbulência, tranquila. Hoje passei o dia na casa de uma tia, muita conversa, histórias e planos para os próximos meses. Agora deveria estar cansada, mas o sono não vem...

Quando isso acontece quem invade a cabeça são os pensamentos. Como serão os primeiros meses após o nascimento, como será a rotina, o que já compramos, as tantas coisas que temos para providenciar, será que o Isac está dormindo bem, e os sonhos estranhos que eu tenho ultimamente - parece que são por causa da progesterona que circula abundantemete nesse organismo - vontade de comer maça, será que o bebê está confortável?!?! E por aí vai, tudo junto, misturado, fora de ordem, essa cabeça que nunca para.

Hoje foi inevitável pensar no meu pai, no quanto ele estaria feliz em passar por esse momento. Sei que ele está num lugar melhor que a gente, mas não tenho como deixar de pensar nele...

E agora escrevo essas palavras e penso: será que eu vou postar, será que não?!

Enfim, gravidez muda com tudo, mesmo sendo planejada e muito desejada. Por causa dela não estou trabalhando (não por opção minha, pra deixar bem claro) e isso é mais uma entre tantas preocupações. Sei que tudo vai se ajeitar, que é natural ter dúvidas, inseguranças, sentimentos misturados. O importante é ter todos ao nosso redor curtindo nossa gravidez, amando viver essa fase e torcendo pra que tudo continue tão bem como tem sido até agora.